A cultura organizacional é um elemento determinante para os bons resultados de uma empresa. Trata-se de um conjunto de valores, crenças e condutas que guia todos os colaboradores desde a realização de uma tarefa simples, até a tomada de uma decisão importante ou no relacionamento com o cliente.
Empresas que possuem uma cultura sólida desenvolvem diversas vantagens competitivas, como retenção de talentos, produtividade, agilidade nos processos e melhor experiência do colaborador, o que, consequentemente, reflete na melhor experiência do cliente.
Isso acontece porque relações humanas significativas impulsionam crescimento realmente significativo para os negócios. É o que mostra uma pesquisa da Accenture: quando as pessoas se sentem altamente conectadas umas às outras, aos líderes e ao trabalho, a empresa pode obter um aumento de 7,4% no crescimento da receita por ano.
Porém, esse patamar é resultado de um longo trabalho de comunicação e engajamento com o objetivo de tirar a cultura do papel e implementá-la no dia a dia. E o home office tende a tornar o desafio ainda maior. Afinal, os laços criados no ambiente digital são completamente diferentes dos presenciais.
De acordo com a Teoria da Proximidade Eletrônica, de Human e Lane, quando transportadas para a internet, as relações pessoais construídas fora do ambiente digital tendem a esfriar. Em uma abordagem qualitativa, foi constatado que os relacionamentos reais que migraram para o mundo digital perderam em qualidade e impactaram a chamada proximidade funcional, ou seja, a percepção de proximidade com a outra pessoa. Cenário que ocorreu durante a pandemia, quando as empresas precisaram adotar o home office.
Quais os caminhos, então, para manter a cultura organizacional viva e consolidada? A resposta está em olhar para o dia a dia da empresa e das pessoas, entender como elas estão vivendo, suas necessidades, e adaptar a cultura da empresa a uma nova realidade – tanto profissional quanto pessoal.
Construindo uma cultura organizacional forte
Para a Accenture, é a partir de experiências equitativas, que envolvem todos da empresa, que as pessoas são capazes de construir relacionamentos e criar valor. A estratégia ganha o nome de omniconexão e inclui 4 ações principais:
- Liderança moderna: liderar com empatia, compaixão, transparência e confiabilidade aproxima as pessoas e constrói confiança. Além disso, os colaboradores passam a viver profissionalmente o que têm buscado também no dia a dia como pessoa e consumidor.
- Cultivar uma cultura próspera: as normas culturais devem priorizar propósito, autenticidade e segurança psicológica.
- Habilitar a organização ágil: buscar a flexibilidade e dimensionar as novas formas de trabalho. Isso significa, mais do que saber delegar e envolver os colaboradores nas decisões importantes, mostrar confiança no trabalho e oferecer autonomia.
- Capacitar as pessoas por meio da tecnologia: o acesso a uma base sólida para facilitar a tomada de decisões e oferecer a capacidade de experimentar ajuda no engajamento.
Além disso, a valorização de talentos com o investimento em treinamentos e cursos, bem como a construção de um ambiente saudável, melhoram a comunicação e a proximidade entre as pessoas. Assim, a implementação da cultura organizacional e a aderência aos valores são facilitadas.
A importância da conexão
É possível conseguir alcançar tudo isso em uma estrutura home office? Sim. Mas, requer investimentos estruturais e muita organização dos processos para chegar perto do efeito gerado pela conexão pessoal, ou seja, a presencial.
Muitas empresas ainda optam pelo modelo de trabalho home office devido a importante redução dos custos fixos, como aluguel, transporte, água e luz. Porém, vale colocar no papel a comparação de tal economia com os lucros que podem ser gerados pela maior conexão entre a equipe e adoção de fato da cultura organizacional.
Para auxiliar nesse cenário, surgem os coworkings – espaços de trabalho compartilhados que oferecem contratos flexíveis e preços mais acessíveis em relação aos escritórios tradicionais. Com arquitetura voltada para o bem-estar no trabalho, além de fomentar uma relação mais próxima e concreta entra a equipe, os coworkings ajudam a criar networking com profissionais de outras empresas.
Na Mango Tree, um coworking no centro de São Paulo, por exemplo, as empresas podem ter salas privativas, utilizar salas de reunião e ainda aproveitar copa e espaço de descontração. Marque uma visita e entenda como o ambiente pode ser crucial para a construção de uma cultura organizacional forte.